domingo, 16 de janeiro de 2011

um poema
tal máquina de guerra
funda-se
do que menos se espera

urge
em surgir das pedras
flor
que perdeu pétalas

grita
ó página abafada
revolução em forma
rimada

nômade
não se prende
ao presente. presa-
livre do movimento.
vem do vento
a alegria

do catavento
a energia

no relento
rede de pescaria

o movimento
amanhecia
a alegria
da energia
de pescar
o dia
o homem era analfabeto
mas não nas coisas da vida
três dias só de birita
regado à cabeça de galo
no olho apertado o calo
do sal das ondas do peixe
"vivo assim me deixe
nessa vida de ruas incertas
errando o incerto se acerta
até que o sopro de barro nos deixe''